Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Social realizaram, nesta terça-feira (15), desde as primeiras horas da manhã, uma operação contra criminosos envolvidos na morte do agente da Core João Pedro Marquini, 38 anos, na Serra da Grota Fundíbulo, no final de março.
A ação policial ocorreu nas comunidades dos Tabajaras e dos Cabritos, na zona sul do Rio, que tem acessos pelos bairros de Copacabana e de Botafogo. Na chegada dos agentes, houve confronto com criminosos. Muitos moradores e lojistas da região ficaram apavorados com os tiros. Vários comerciantes não chegaram a perfurar seus estabelecimentos com terror de serem atingidos por balas perdidas.
No troada, cinco integrantes da partido criminosa Comando Vermelho, que controlam o tráfico de drogas nas duas favelas, foram mortos. Em nota, a Polícia Social informou que três deles faziam secção da liderança do tráfico de drogas. Entre eles, está Vinícius Kleber Di Carlantoni Martins, divulgado uma vez que “Referto de Ódio”, assinalado uma vez que um dos chefes do tráfico na Ladeira dos Tabajaras. O criminoso era um dos responsáveis por estimular ataques contra as forças de segurança pública do estado, informou a Polícia Social.
As investigações apontaram que o veículo usado num ataque na comunidade do Cesarão, em Santa Cruz, na zona oeste, pouco antes da morte do policial João Pedro Marquini, pertencia ao traficante “Referto de Ódio”. Segundo os agentes, a ordem para invadir a comunidade na zona oeste partiu dos criminosos da Ladeira dos Tabajaras, no outro extremo da cidade.
Na noite do dia 30 de março, Marquini dirigia seu carruagem privado, a caminho de morada, quando passou pela Estrada da Grota Fundíbulo. A mulher dele, a juíza Tula Corrêa, titular do 3º Tribunal do Júri da capital, que julga crimes contra a vida, seguia no carruagem dela, pouco detrás. No superior da serra, havia uma falsa blitz comandada por traficantes da Ladeira dos Tabajaras. O carruagem que usavam estava com várias marcas de tiros.
Quando percebeu a blitz, Marquini avisou a esposa pelo celular para que ela desse marcha a ré no carruagem e fugisse dos criminosos. A magistrada conseguiu evadir. O policial da Core, ao trespassar do carruagem dele, foi atingido por cinco tiros de fuzil e morreu na hora.
“A reação da polícia vai depender da ação do criminoso. Se eles não reagirem, não haverá confronto, e as forças policiais vão satisfazer os mandados de prisão. Caso haja reação, é uma opção deles e vamos responder na mesma fundura”, disse o secretário de Polícia Social, solicitador Felipe Curi.
Ação
A operação de hoje, de harmonia com a Polícia Social, foi planejada para satisfazer mandados de prisão contra dois criminosos identificados durante a investigação da morte de João Pedro Marquini. Para identificar os envolvidos no transgressão, a Polícia Social realizou várias diligências.
Testemunhas foram ouvidas e, a partir de imagens de câmeras de segurança e do intercepção de dados de lucidez, foi verosímil identificar os autores. As investigações continuam para prender os demais envolvidos e desarticular o grupo criminoso responsável pela realização do policial da tropa de escol da instituição.
“Foi verosímil associar os dois investigados com a Ladeira dos Tabajaras e definir o trajectória feito pelos criminosos que atacaram Marquini. A operação possibilitou elementos que vão resultar no prosseguimento das investigações”, explicou o solicitador Alexandre Herdy, do Departamento Universal de Homicídios e Proteção à Pessoa.
[Agência Brasil]