Talvez você não saiba, mas as unhas são uma extensão da pele, assim uma vez que o cabelo. Elas desempenham papel necessário na proteção das falanges (último ossinho dos dedos) e na funcionalidade das mãos e dos pés. Pode não parecer, mas ajudam a pegar e manipular pequenos objetos, além de melhorar o tato. Aliás, ainda exercem uma função estética.
“As unhas servem uma vez que uma estrato de resguardo para as pontas dos dedos, que são áreas muito sensíveis e ricas em terminações nervosas. Aliás, nos auxiliam em tarefas diárias, uma vez que segurar objetos, titilar e até mesmo proporcionar mais firmeza ao toque”, explica o dermatologista Andrey Malvestiti, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Mas sua preço vai além da funcionalidade e da estética. O estado das unhas pode refletir a saúde universal do organização. Alterações na superfície, cor, espessura e textura, por exemplo, podem indicar falta de vitaminas ou doenças sistêmicas, uma vez que infecções e até mesmo cancro.
Por isso é fundamental permanecer sengo a qualquer mudança na fisionomia das unhas. Confira alguns dos aspectos que devem ser observados:
1. Alterações de superfície
Essa é a queixa mais geral nos consultórios dos dermatologistas, geralmente descrita de forma vaga uma vez que unhas fracas, quebradiças, rugosas ou descamando. “As alterações estéticas são o que normalmente levam o paciente para o consultório. Dificilmente elas causam dor ou qualquer outro sintoma. Na maioria das vezes, o paciente procura um médico quando percebe que as unhas estão feias”, relata Malvestiti.
Segundo o médico, várias causas podem levar a essas alterações, entre elas, o próprio envelhecimento. “Assim uma vez que a pele envelhece e desenvolve rugas ao longo dos anos, as unhas também, e podem permanecer mais fracas e rugosas. Isso faz segmento do processo oriundo do envelhecimento”, diz.
No entanto, inúmeras outras condições podem afetar a superfície das unhas, uma vez que a doença arterial periférica (varizes e problemas vasculares), distúrbios endócrinos (alterações de tireoide ou diabetes descompensado), anemia por deficiência de ferro, doenças dermatológicas (psoríase e dermatites alérgicas) e até mesmo a gravidez pode influenciar, por pretexto do meandro de nutrientes para o bebê.
“As unhas podem apresentar alterações sem que isso signifique um problema de saúde, mas também podem mostrar um tanto mais sério, que merece diagnóstico e tratamento adequados”, alerta o médico.
Fatores ocupacionais também precisam ser levados em consideração quando alguém se queixa de alterações nas unhas. Durante a avaliação clínica, é preciso entender mais sobre a rotina do paciente, com o que essa pessoa trabalha, se tem muito contato com chuva ou com produtos químicos, por exemplo.
Atletas, uma vez que corredores ou jogadores de tênis, têm mais risco de alterações nas unhas dos pés por pretexto do atrito do calçado e maior possibilidade de tolerar traumas físicos. Pessoas que costumam tirar a cutícula na manicure também são mais propensas a ter o problema. “A cutícula existe para proteger a lâmina da unha. Ao ir à manicure e remover a cutícula toda semana, pode-se promover pequenos traumas na matriz da unha e gerar uma lâmina defeituosa”, adverte Malvestiti.
Alguns medicamentos também podem promover essas alterações, uma vez que os retinoides e quimioterápicos. “Quando o paciente chega ao consultório com essa queixa, em universal, ele alega ser falta de vitamina. Pode até ser essa a origem do problema, mas não podemos nos limitar a isso. Existem diversas outras causas com maior sisudez e relevância. Por isso é tão importante investigar muito a queixa. Muitas vezes, o tratamento não envolve nenhum remédio, somente adequações na rotina e nos hábitos de vida”, afirma Malvestiti.
2. Mudanças de cor
Manchas brancas podem ser uma particularidade oriundo da pessoa ou resultar do uso excessivo de esmaltes sem pausa para a recuperação das unhas, o que pode levar à desidratação da lâmina ungueal. “Unhas precisam de hidratação. O uso contínuo de esmaltes pode ressecá-las, resultando no emergência de manchinhas brancas”, diz Malvestiti, que recomenda períodos de pausa entre as esmaltações.
Manchas avermelhadas e roxas também podem ser o famoso “sangue pisado”, que pode ocorrer por pequenos traumas que geram focos de hemorragia aquém da lâmina ungueal, sem maiores repercussões.
Já manchas de coloração marrom, cinza ou preta podem ser um sinal de cancro de pele, uma vez que o melanoma subungueal. Embora a maioria das alterações escuras sejam benignas, é necessário procurar um dermatologista ao notar qualquer mudança de cor. “Pode ser somente uma pinta na unha, ou mesmo uma pigmentação geral de peles mais escuras. Mas é importante procurar o dermatologista para uma estudo mais detalhada, que diferencie uma lesão benigna de um cancro de pele”, orienta.
Além do melanoma, diversos outros tumores podem afetar as unhas, uma vez que carcinomas, fibromas e granulomas – mas, nesses casos, sem provocar mudanças na coloração. “Um ponto importante é que as alterações causadas por tumores geralmente afetam somente uma unha, enquanto problemas sistêmicos costumam atingir várias ao mesmo tempo”, pontua o dermatologista. O tratamento geralmente envolve remoção cirúrgica da lesão, podendo ser necessário seguimento oncológico.
3. Descolamento
O descolamento das unhas pode ter diversas causas, incluindo traumas, infecções fúngicas, alergias a produtos químicos ou doenças sistêmicas. Segundo Malvestiti, a principal origem desse problema é a micose (onicomicose), que se aproveita de pequenos descolamentos (por esportes, por exemplo) para se instalar. O descolamento costuma iniciar na borda livre da unha e, se não tratado, pode se espalhar e atingir toda a lâmina ungueal.
4. Espessamento
As unhas ficam mais grossas, endurecidas e com acúmulo de material (uma vez que uma massinha) por grave. Uma das principais causas também é a micose, que inicialmente provoca o descolamento e, com o tempo, leva ao espessamento e acúmulo de queratina aquém da unha.
O tratamento inclui diminuir a espessura da unha por meio de lixamento, para permitir que os medicamentos antifúngicos penetrem na região. “Muitas vezes, os pacientes demoram anos para procurar o dermatologista. Quanto mais o tempo passa, mais alteradas ficam as unhas e mais difícil se torna o tratamento.”
Danos por infecções
Além dessas quatro alterações, as unhas também podem ser acometidas por infecções causadas por bactérias ou vírus. Elas podem provocar mudanças de cor, espessamento, descolamento e dor.
As infecções fúngicas são as mais comuns, ao passo que as bacterianas (uma vez que a paroníquia) podem promover vermelhidão, inchaço e até formação de pus ao volta da unha. Já as infecções causadas pelo HPV (papilomavírus humano) podem resultar no emergência de verrugas ao volta das unhas. O tratamento varia conforme a pretexto, sendo necessário buscar orientação médica ao notar qualquer mudança.
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