Oito em cada dez moradores de favelas e periferias brasileiras pretendem presentear alguém no Dia das Mães deste ano. O dado foi revelado por uma pesquisa do Data Favela e representa um aumento expressivo de 16 pontos percentuais em relação a 2024, quando 64% afirmaram ter comprado presentes para a data.
Segundo o levantamento, a maior parte dos entrevistados (38%) deve investir entre R$ 100 e R$ 200. Outros 25% pretendem gastar até R$ 100, 22% entre R$ 200 e R$ 500, 10% entre R$ 500 e R$ 1.000, e 4% acima de R$ 1.000.
“O Dia das Mães é uma das datas mais potentes do calendário do varejo porque ativa, ao mesmo tempo, emoção e economia. E nas favelas e periferias, esse movimento ganha escala”, afirma o fundador do Data Favela, Renato Meirelles. “Seja nas lojas de rua, no comércio local ou em grandes redes, o consumo se organiza com força nesses territórios, que hoje são protagonistas na dinâmica do varejo nacional.”
A pesquisa revela ainda que 81% dos que vão presentear escolheram suas próprias mães como destinatárias dos mimos. Em seguida, aparecem esposas ou namoradas (21%), sogras (13%), irmãs, tias ou primas (10%), além de outras pessoas próximas (5%).
Para a coordenadora de pesquisas do instituto, Bruna Hasclepides, os dados evidenciam a importância da figura materna — biológica ou não — nas periferias.
“É muito significativo ver 81% das pessoas se mobilizando para homenagear essa figura. Mulheres e mães, como base da pirâmide, desempenham papéis fundamentais na sociedade. Mesmo sobrecarregadas e, por vezes, sem poder de escolha, essas matriarcas continuam no corre para garantir uma vida melhor à sua família”, afirmou.
