A Federação Única dos Petroleiros (FUP) indicou a realização de uma nova greve de advertência nos dias 29 e 30 de maio. A mobilização, que ainda precisa ser aprovada em assembleias sindicais, é motivada pela insatisfação com a estagnação das negociações com a Petrobras, especialmente no que diz respeito à remuneração variável e à política de contenção de despesas adotada pela companhia.
A paralisação é uma continuidade da greve de advertência realizada em março deste ano, quando os trabalhadores interromperam as atividades por 24 horas.
De acordo com a FUP, o descontentamento aumentou após declarações da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que defendeu uma postura de austeridade, mesmo após a estatal registrar lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre e distribuir R$ 11,72 bilhões em dividendos aos acionistas. Durante a apresentação dos resultados, Chambriard utilizou a expressão “apertar os cintos” ao se referir ao controle de custos.
Além das questões econômicas, a federação também aponta preocupação com as condições de segurança nas unidades operacionais da empresa. Os sindicatos denunciam casos de subnotificação de acidentes e cobram mais transparência e rigor na gestão da segurança dos trabalhadores.
