Quando definiu que o lema de seu terceiro mandado seria “União e reconstrução”, Lula não poderia ter sido mais preciso. O Brasil, de fato, chegou ao fim de 2022 partido e destruído.
A divisão do país, fabricada com mentiras e discursos de ódio, ficou evidente na tentativa de golpe de 8 de janeiro. Já a destruição pôde ser vista nos números de dois programas cruciais para que os brasileiros tenham uma vida digna: o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida.
As duas iniciativas foram extintas por Jair Bolsonaro de maneira desastrosa. Após declarar o Brasil livre da fome em 2014, a ONU calculou, agora, que o país chegou ao fim de 2022 com 21,1 milhões de famintos e 70,3 milhões com insegurança alimentar moderada.
Já no programa habitacional, Bolsonaro acabou com o financiamento de imóveis para as famílias mais pobres e realizou cortes sucessivos, até deixar previsto, para 2023, apenas R$ 34 milhões. O valor não seria suficiente para construir nem 200 moradias.
Superando a fome mais uma vez
Como se vê, há muito a ser reconstruído. Mas, em apenas seis meses, o governo Lula já ergueu muitas e importantes paredes. O Bolsa Família foi recriado de forma séria, sendo dado a quem precisa de verdade e com acompanhamento dos beneficiários por meio do Cadastro Único.
Em março, as famílias começaram a receber o valor mínimo de R$ 600, com um adicional de R$ 150 para crianças de até 6 anos. Em junho, passou a ser pago o extra de R$ 50 para gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 18 anos.
Com isso, chegou-se ao maior tíquete médio da história do programa: R$ 705,4. E mais: 18,5 milhões de famílias, ou 43,5 milhões de pessoas, deixaram de ficar abaixo da linha da pobreza.