O segurança acusado de matar dois adolescentes, que na época tinham 15 e 16 anos, em uma estação de trem no subúrbio de Salvador, em 2017, foi condenado a 42 anos de prisão em regime fechado. A sentença, de acordo com a família das vítimas, saiu na noite de segunda-feira (25), após 11 horas de julgamento. Júlio César de Jesus Perpétuo trabalhava na estação Santa Luzia. As vítimas foram identificadas como Claydson Santos, de 15 anos, e David Barreto, de 16. Ele também foi condenado por balear outros dois adolescentes, que sobreviveram, no momento do crime. Um deles, identificado como Felipe Santos, ficou paraplégico. O segurança respondia pelo crime em liberdade, desde que foi liberado um ano após o crime, segundo informações do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A liberação do agora condenado ocorreu mediante “aplicação de medidas cautelares de comparecimento bimestral em juízo e monitoração eletrônica”. A prisão temporária de Júlio César de Jesus Perpétuo foi decretada em 27 de abril de 2017 – dia do crime – e ele foi preso no dia 3 de maio de 2017. No dia do mesmo mês, a Justiça converteu a temporária em prisão preventiva. Ele deixou o sistema prisional no dia 7 de junho de 2018. Cronologia dos fatos Os dois adolescentes, um de 15 e outro de 16 anos, morreram após serem baleados pelo segurança na estação de trem, no dia 27 de abril de 2017; Outros dois também foram atingidos, mas sobreviveram. Um deles ficou paraplégico; As investigações apontaram que o segurança teve um desentendimento com as vítimas, porque as portas do trem se encontravam abertas; Familiares dos adolescentes baleados disseram que todos foram baleados quando voltavam da escola; Depois que os adolescentes foram baleados, a operação dos trens do subúrbio de Salvador foi encerrada três horas mais cedo; Para a polícia, o segurança confessou ter atirado nos quatro adolescentes, mas alegou que cometeu o crime para se defender porque vinha sendo ameaçado pelas vítimas; O segurança também alegou no depoimento que não teve a intenção de matar, afirmou que só queria se defender e que estava arrependido; Júlio César disse também que não trabalhava armado, mas que no dia do crime, levou a arma para se defender dos menores; O condenado teve a prisão temporária decretada no dia do crime e foi preso no dia 3 de maio de 2017; No dia 31 de maio, a Justiça converteu a temporária em prisão preventiva; O segurança deixou o sistema prisional no dia 7 de junho de 2018 e aguardou o julgamento em liberdade, com aplicação de medidas cautelares de comparecimento bimestral em juízo e monitoração eletrônica.
Fonte: G1