Os servidores municipais de Salvador decidiram encerrar, nesta quinta-feira (12), a greve iniciada em 27 de maio. A decisão ocorre após determinação da Justiça e abrange categorias como guardas civis, agentes de trânsito e profissionais administrativos.
Apesar do retorno da maioria do funcionalismo, os professores da rede municipal permanecem em greve. A mobilização da categoria já chega a 38 dias. Segundo a APLB-Sindicato, os educadores rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pela prefeitura no dia 29 de abril, que previa um aumento linear de 4%.
Para o sindicato, o percentual é insuficiente para garantir o cumprimento da Lei do Piso Nacional do Magistério. O Ministério da Educação fixou o piso em R$ 4.867,77 para o ano de 2025.
A equipe do TakTá entrou em contato com a APLB-Sindicato, que confirmou a continuidade da paralisação. “Na educação, a greve continua. Sexta, ato às 15h na Praça Municipal; segunda, assembleia no ginásio dos bancários, às 14h”, informou a entidade. Até o momento, a prefeitura não apresentou uma nova proposta de reajuste para a categoria. A greve segue afetando o calendário letivo das escolas da rede municipal.
Everaldo Braga, coordenador geral do Sindseps, comentou a decisão de encerrar a greve do funcionalismo geral. “Esperamos que o prefeito Bruno Reis cumpra a promessa de retomar as negociações. A suspensão do movimento é um gesto importante, sobretudo diante das medidas de repressão adotadas pela gestão municipal, como o corte de salários e a retenção de repasses. Contamos com a sociedade e a imprensa para acompanhar os desdobramentos e garantir que os compromissos sejam honrados.”