Bahia registra primeiros casos da variante Delta; Estado deve antecipar 3ª dose

Após 52 dias do primeiro caso da variante Delta no Brasil, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) anunciou os primeiros casos da variante no estado. O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) detectou nesta quinta-feira (26), por sequenciamento genético, três amostras da variante Delta e uma da variante Beta no estado. 

A Delta, originalmente conhecida como B.1.617.2, existe desde o final do ano passado, e nos últimos meses tornou-se rapidamente dominante em muitos países. Estimativas apontam que essa variante é entre 60% e 200% mais transmissível do que o vírus original.


Segundo a  secretária estadual da Saúde em exercício, Tereza Paim, amostras da Delta foram detectadas em pacientes de Feira de Santana e no município de Vereda, no extremo sul da Bahia. Além disso, em um navio de bandeira estrangeira, a Sesab detectou um terceiro caso da Delta e um caso da variante Beta. A secretária destacou que, apesar da detecção dessas variantes, a Gamma ainda é responsável por quase 80% das infecções no estado.

“Dois tripulantes de um navio com bandeira estrangeira testaram positivo para a variante Delta e Beta, porém, neste caso, a embarcação estava em isolamento, impossibilitando contactantes. Já as duas outras amostras foram detectadas em pacientes residentes nos municípios de Feira de Santana e Vereda”, afirma Tereza Paim.

Estado deve antecipar aplicação da terceira dose
Por conta da identificação dos primeiros casos da variante Delta no estado, o governador Rui Costa se reuniu com técnicos da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e propôs o início imediato da terceira dose em todos os municípios que já alcançaram a faixa etária de 18 anos. A previsão era que a aplicação da dose extra fosse iniciada em 15 de setembro. A medida será pauta da reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) prevista para esta sexta-feira (27), que é uma instância deliberativa do SUS que reúne representantes dos 417 municípios.

 “281 municípios se enquadram nesta característica, sendo que a imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, ou de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca”, afirma Tereza Paim. A dose de reforço está estimada para um público superior a 950 mil baianos, e a ação será destinada a todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para pessoas acima de 70 anos vacinadas há 6 meses.

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