O Brasil deu início nesta quinta-feira (22) ao período de 28 dias de vazio sanitário na granja de Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde foi detectado o primeiro foco de influenza aviária em uma criação comercial no país. O cumprimento desse protocolo é essencial para que o país volte a ser considerado livre da doença na região e, assim, possa retomar as exportações de carne de frango que foram parcialmente suspensas.
Se não houver registro de novos casos durante esse período, o Brasil poderá se autodeclarar livre da gripe aviária no estado e negociar a reabertura dos mercados que impuseram restrições. A retomada, no entanto, será feita de forma gradual, de acordo com os protocolos internacionais e negociações sanitárias com os países importadores.
O vazio sanitário obriga a paralisação total das atividades avícolas na granja, incluindo a retirada de todas as aves, por dois ciclos de incubação do vírus, cada um com 14 dias. O procedimento faz parte do Plano Nacional de Contingência do Ministério da Agricultura e segue os padrões exigidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
O Ministério da Agricultura informou que, na quarta-feira (21), concluiu a limpeza e desinfecção completa da granja, incluindo galpões, equipamentos, escritórios, vestiários e demais estruturas.
Em paralelo, a fiscalização foi reforçada na região. No raio de 10 quilômetros da propriedade afetada, foram vistoriados 540 estabelecimentos rurais. Destes, apenas dois atuam com produção comercial de aves, além da granja onde houve o foco.
O governo brasileiro segue monitorando a situação e mantém diálogo com autoridades sanitárias internacionais para garantir uma retomada rápida e segura das exportações, tão logo o prazo do vazio sanitário seja cumprido e o país volte a atender os requisitos sanitários exigidos.
Apesar do episódio, o Ministério reforça que o consumo de carne de frango e ovos segue seguro e não oferece risco à população.
