A 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente acontece até esta sexta-feira, em Brasília. 1.501 delegados vão discutir propostas para enfrentar a emergência climática e a transformação ecológica.
A Conferência ocorre em etapas municipais e estaduais, nas quais os participantes vão escolhendo propostas para serem votadas na Conferência Nacional.
No caso desta 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que não era realizada há 11 anos, foram feitas 439 conferências municipais e 179 intermuncipais, que definiram propostas para as 27 conferências estaduais e distrital.
O indígena Paulo Pitaguary, é delegado pelo território Pitaguary, no Ceará. A principal pauta trazida por ele é a defesa das terras ocupadas por indígenas.
Já o pescador Gilcimar Amando, de Imbé, no Rio Grande do Sul, luta por uma proposta de preservação de rios.
A Conferência também é espaço de denúncia. Izael Ribeiro é de Maceió, Alagoas, e diz que um dos seus objetivos é denunciar o crime ambiental da Brasken. A empresa explora o mineral sal-gema na capital alagoana. Uma das minas sofreu um afundamento do solo, o que provocou a expulsão de 60 mil pessoas de suas casas. Izael quer levar o acontecido à conferência para que casos como este não se repitam.
Uma conferência como a de Meio Ambiente é espaço de ouvir a sociedade para a definição das políticas públicas. A indígena Iakupã Apurina, de Rio Branco, no Acre, reforça a importância da escuta da população.
Até sexta-feira, os delegados vão discutir as mais de 2.635 propostas já apresentadas nos estados e municípios. Ao final, serão votadas 100 propostas da Conferência Nacional para o Meio Ambiente, sendo escolhidas 10 como prioritárias.