O mercado financeiro iniciou maio com um clima mais ameno, impulsionado por expectativas positivas em relação às negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Nesta sexta-feira (2), o dólar comercial fechou em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,654, acumulando recuo semanal de 0,58% e de 8,51% no ano.
A moeda norte-americana chegou a recuar com mais força durante a manhã, sendo vendida a R$ 5,62 por volta das 11h. Apesar de um movimento de recuperação parcial no período da tarde, a divisa manteve a trajetória de baixa diante do alívio no cenário global.
Já o Ibovespa, principal índice da B3, oscilou bastante ao longo do dia. Após registrar queda de 0,52% no final da manhã, conseguiu reagir e encerrou o pregão praticamente estável, com leve alta de 0,05%, aos 135.134 pontos. No acumulado da semana, o índice avançou 0,29%.
Influência internacional
Sem grandes notícias no campo econômico doméstico, o foco dos investidores se voltou para o cenário externo. O dado sobre a geração de 177 mil empregos nos Estados Unidos, fora do setor agrícola, em abril, inicialmente pressionou o dólar para cima, ao reduzir as chances de corte de juros pelo Federal Reserve no curto prazo.
Entretanto, a notícia de que o governo norte-americano procurou a China para iniciar conversas sobre as tarifas de 145% impostas no mês passado mudou o rumo dos mercados. A confirmação veio por meio do Ministério do Comércio chinês, que sinalizou disposição em dialogar, o que foi bem recebido pelos mercados globais.
Como a China é principal destino de exportações de commodities, países emergentes como o Brasil foram beneficiados pela perspectiva de normalização comercial, o que favoreceu o câmbio e as bolsas de valores.