Gabriela Encinas
Em meio à paralisação da sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador (CMS) nesta segunda-feira (19), o presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PSDB), reagiu a fala da vereadora Aladilce Souza (PCdoB), que afirmou não ter sido informada sobre o a reunião do projeto de reajuste salarial enviado pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), na última sexta-feira (16).
“Ela não está informada porque ela não está acompanhando o Diário Oficial. O Diário Oficial de sexta-feira foi publicado, e isso aí é público para vocês, a reunião em conjunto entre as três comissões. Comissão de Educação, Educação, de Justiça e Orçamento. Então eu acho que ela, essa desinformação dela tem que pedir para o gabinete ficar mais atento ao Diário Oficial do dia a dia”, afirmou Muniz, ao ser questionado sobre o posicionamento da colega parlamentar.
O projeto, que prevê um reajuste mínimo de 6,27% aos profissionais da rede municipal de ensino, motivou protestos intensos por parte de professores, que ocuparam o plenário e o auditório do Centro de Cultura da CMS. Em greve desde 6 de maio, a categoria, representada pela APLB Sindicato, reivindica o pagamento integral do piso nacional do magistério, alegando que o reajuste proposto é insuficiente.
Segundo Carlos Muniz, o projeto está em tramitação, de forma legal sendo analisado pelas comissões responsáveis e qualquer decisão sobre retirada ou votação precisa ser tomada de forma colegiada, ou seja pela maioria na Casa. “Nossa obrigação aqui é uma obrigação do colegiado e não só de um só vereador, eu tô explicando aqui aos professores, se eles quiserem que o projeto seja retirado amanhã, colocarem em plenário pra saber que os colegas se retiram ou não. Só que isso aí não pode ser uma vontade só minha. Isso aí é uma vontade do colegiado, da Câmara […] Projeto chegou a casa, tá passando por todos os trâmites legais”, disse.
O presidente também revelou que está em diálogo com o Executivo. “Tive uma reunião com ele [o prefeito Bruno Reis] sobre isso e o projeto que ele passou pra aqui é um projeto que há um escalonamento em relação à categoria de cada um pra que ele me dizendo, passou, me garantiu que todos os professores estariam ganhando o piso, que é a exigência da categoria”, garantiu Muni sobre o diálogo direto com a prefeitura.
