Entidades e representantes de outras religiões lamentam morte do papa

Entidades e representantes de diversas crenças e religiões do Brasil lamentaram a morte do papa Francisco, líder mundial da Igreja Católica. Ele morreu na madrugada desse domingo (21), vítima de acidente vascular cerebral (AVC), seguido por coma e colapso cardiovascular irreversível.

Em nota, organizações da comunidade judaica se uniram em luto pela morte do papa. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) afirmou que a morte do líder católico foi uma “grande perda para a humanidade”.

“O papa Francisco, com seu carisma e visão inclusiva, tocou o coração das pessoas em seu papado transformador. Ele visitou o campo de extermínio nazista de Auschwitz, condenou o antissemitismo, o exposição de ódio e o racismo, além de promover o diálogo inter-religioso”, escreveu a Conib. “Que seu legado continue a nos guiar na procura por um mundo mais humano, justo e pacífico”, ressaltou.
 

A Federação Israelita do Estado de São Paulo expressou solidariedade aos católicos de todo o mundo.

“Reconhecemos o legado de um líder incansável na luta contra o exposição de ódio, o racismo e todas as formas de intolerância. Sua voz firme contra o antissemitismo e a promoção do diálogo inter-religioso representaram um farol de esperança em tempos de crescente intolerância”, disse a federação.

O Meio de Divulgação do Islam Para América Latina (CDIAL) expressou pêsames pelo falecimento do papa.

“O papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, Argentina, foi o primeiro pontífice jesuíta e latino-americano da história da Igreja Católica. Desde sua eleição em 2013, destacou-se por seu compromisso com os mais pobres, sua incansável resguardo dos direitos humanos e sua dedicação ao diálogo inter-religioso e à promoção da sossego mundial”, disse o núcleo.

“Sua liderança inspiradora promoveu reformas significativas na Igreja, incluindo a reforma da Cúria Romana, medidas para maior inclusão das mulheres e o enfrentamento de desafios internos com coragem e transparência. Sua postura ocasião e acolhedora deixou uma marca indelével na história da Igreja e do mundo. Em suas palavras, atitudes e escolhas, deixou um legado de empatia e um olhar profundamente humanitário para com os pobres, os imigrantes, os doentes e todos os que sofrem”, acrescentou o núcleo de divulgação islâmico.

Para a Federação Espírita Brasileira, o papa foi um “devotado irmão na teoria cristã que aproximou fiéis católicos e de outras denominações religiosas pelo exemplo de paixão, humildade e fraternidade”.

“Trabalhou o debate inter-religioso, assim uma vez que a humildade e a indulgência para com todos, independente da crença. Trouxe a tarifa das mudanças climáticas e das ações diplomáticas pela sossego entre os povos, assim uma vez que a pretexto dos refugiados. Aos nossos irmãos em Cristo, desejamos paixão e sossego nesta passagem de Papa Francisco, evocando a fraternidade e a pesar a todos os lares”, afirmou.

Também em nota, a Frente de Evangélicos lamentou profundamente a morte do papa.

“O primeiro papa latino-americano marcou seu pontificado numa trajetória de simplicidade e resguardo aos direitos humanos. Em sua última aparição pública, no domingo de Páscoa, pediu o cessar-fogo na Filete de Gaza e disse: ‘Expresso minha proximidade aos sofrimentos… de todo o povo israelense e do povo palestino’. Reconhecemos em sua liderança os ensinos de Jesus de solidariedade, sossego, paixão e paridade. Oramos e agradecemos a vida e o testemunho de Jorge Mario Bergoglio”.

O Parecer Pátrio de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) lembrou que a vida do papa Francisco foi “um testemunho corajoso em contextos hostis”.

“Ao colocar-se ao lado das pessoas imigrantes e refugiadas e fazer memória às que morreram na travessia, denunciou os colonialismos contemporâneos que ferem a honra humana. Na América Latina, dialogou com os movimentos sociais e incentivou a luta pelo recta à Terreno, ao teto e ao trabalho”, disse o Conic. “Nós, teus irmãos e irmãs ecumênicos, oraremos, papa Francisco, em solidariedade às comunidades enlutadas da Igreja Católica Apostólica Romana e para agradecer a Deus por sua vida e testemunho”.

A Mãe Meninazinha de Oxum, Iyalorixá do Ilê Omolu Oxum, afirmou que o papa “será lembrado e comemorado pela sua atuação voltada para o enfrentamento às injustiças e todas as formas de preconceitos. Ele era uma verdadeira luz para o mundo”.

Já a Mãe Nilce de Iansã, coordenadora vernáculo da Renafro, escreveu, em sua mensagem, que o papa “semeou paixão por onde passou”.

“Quando fechamos os olhos e pensamos no papa Francisco, imediatamente nos vem a imagem de seu sorriso, revérbero de toda a sua jornada de protecção e reverência a todas as pessoas, independentemente de religião. Ele semeou o seu paixão por onde passou e certamente a força de seu trabalho germinará para as gerações futuras”, disse a coordenadora da Renafro.


Brasília -  O representante da Organização Viva Rio Ronilso Pacheco da Silva, participa da comissão especial sobre homicídio de jovens no Brasil (Valter Campanato/Agência Brasil)
Brasília -  O representante da Organização Viva Rio Ronilso Pacheco da Silva, participa da comissão especial sobre homicídio de jovens no Brasil (Valter Campanato/Agência Brasil)

Pastor Ronilso Pacheco, da Comunidade Batista em São Gonçalo, destaca agenda humanitária de Francisco – Foto Valter Campanato/Dependência Brasil/Registro

O pastor Ronilso Pacheco, da Comunidade Batista em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, lembrou o trabalho de grande transformação do papa na sinceridade da Igreja Católica. Ele disse que Francisco abraçou uma agenda humanitária muito possante. 

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