O ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso nesta sexta-feira (25/4), em Maceió, Alagoas.
A prisão ocorreu por volta das quatro horas da manhã, quando, segundo a defesa, ele se deslocava para Brasília, para cumprir de forma espontânea a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Collor foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. Na noite dessa quinta-feira (24/4) o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão imediata do ex-presidente, após rejeitar o recurso apresentado pela defesa. Segundo o ministro, o recurso tinha objetivo protelatório, para evitar o fim do processo.
Ainda nesta manhã acontece uma sessão virtual extraordinária do plenário do Supremo para referendar a decisão de prisão. Collor foi condenado em 2023 a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um dos processos da Operação Lava Jato.
Conforme a sentença, o ex-presidente, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras. Fernando Collor teria recebido R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da empresa, entre 2010 e 2014.
Collor presidiu o Brasil de 1990 até sua renúncia em 1992, durante um processo de impeachment. Filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro, foi senador por Alagoas de 2007 até 2023.