A Justiça da Bahia determinou a cassação do registro de funcionamento da Associação de Misericórdia Por Amor ao Próximo (Ampap), localizada em Belo Campo, no Centro Sul do estado. A decisão também suspende todos os repasses de verbas públicas à instituição, que atuava no acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
De acordo com investigações conduzidas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), os acolhidos eram submetidos a abusos físicos, psicológicos e morais. O promotor de Justiça Vladimir Ferreira Campos apontou ainda a subtração de documentos pessoais das vítimas por parte da presidente da entidade.
A Justiça já havia emitido uma advertência aos responsáveis, mas, segundo a decisão do dia 6 de maio, a medida se mostrou “desproporcional e ineficaz diante da gravidade das condutas constatadas na instituição”. Com isso, foram impostas penalidades mais severas para preservar os direitos das crianças e adolescentes.
Os dirigentes da Ampap já haviam sido afastados anteriormente, e a administração da unidade estava sob responsabilidade da Prefeitura de Belo Campo. Criada com o objetivo de atender à população vulnerável, a associação deixa de funcionar por decisão judicial.
Os responsáveis pela Ampap não foram localizados. O espaço segue aberto para manifestações.