Kalil e convidados alertam sobre principais doenças que atingem cérebro

CNN Brasil

O cérebro é o órgão mediano do corpo humano e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças que o atingem são responsáveis por 6% das mortes no mundo. Para falar sobre as principais doenças neurológicas, Dr. Roberto Kalil recebe dois grandes especialistas no “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” deste sábado (19).

O professor-titular de Neurologia da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Nitrini, um dos grandes estudiosos do Alzheimer no Brasil e no mundo, e o neurocirurgião e diretor do Instituto Estadual do Cérebro no Rio de Janeiro, Paulo Niemeyer, conversam com Kalil na exposição “Por Dentro do Cérebro”, no Museu da Imaginação, em São Paulo.

Segundo os especialistas, o Alzheimer, o Parkinson e o acidente vascular cerebral (AVC) estão entre as doenças neurológicas mais comuns. No entanto, os tumores são os maiores responsáveis pelas neurocirurgias, de negócio com Niemeyer. “Depois nós temos as cirurgias funcionais, que crescem muito também”, afirma.

Segundo o técnico, as cirurgias funcionais não tratam uma doença, mas interferem em sintomas. “Por exemplo, no Parkinson, o doente tem um tremor que a medicação não consegue controlar. A cirurgia pode provocar uma estimulação em determinados núcleos do cérebro que interrompe o tremor. Quer manifestar, ele não curou a doença, mas ele interferiu, e acaba o tremor”, explica Niemeyer.

O neurocirurgião acrescenta, ainda, que esse tipo de procedimento está sendo ampliado para outros problemas de saúde, tais porquê obesidade mórbida, fastio nervosa, epilepsia, depressões resistentes e transtornos obsessivos compulsivos. “À proporção que a neurociência vai avançando e você vai entendendo o funcionamento cerebral, você começa a poder interferir no seu funcionamento”, afirma.

De negócio com Niemeyer, a região dos lóbulos pré-frontais é onde está localizada toda a função psiquiátrica do cérebro. “Ali é que está toda a nossa vida psíquica, nossa personalidade, nossa identidade, e o restante do cérebro é para obedecer aos desejos dessa região. É o que nos faz humanos”, filosofa. Nos casos de doenças psiquiátricas, existe uma mudança química na região que não é perceptível pelos exames, o que torna a região de difícil compreensão.

No caso de doenças neurológicas porquê o Alzheimer, as pesquisas têm avançado, mas ainda não é provável falar em trato da doença. Nitrini, porém, defende a relevância de buscar a prevenção.

“A gente sempre pede que o sujeito faça exercícios, cuide muito dos seus problemas clínicos, faça bastante atividade intelectual para manter o cérebro em boas condições para que, caso sobreviva uma doença porquê essa, ela se manifeste de modo menos intenso”, afirma.

No entanto, o técnico se mostra otimista. “Estamos caminhando muito rapidamente, espero que, nos próximos anos, a gente tenha novas medicações, novos caminhos que impeçam a doença de Alzheimer de se manifestar”, diz.

Enquanto isso não acontece, ambos os profissionais defendem que o cérebro seja incessantemente estimulado para melhorar seu desenvolvimento. “A gente imagina que o desenvolvimento do nosso cérebro seja anatômico simplesmente, mas ele recebe muita informação do meio envolvente. Ele se aprimora à medida que recebe informações, é uma interação metódico que faz com que o cérebro se desenvolva”, finaliza Nitrini.

O “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” vai ao ar no sábado, 19 de abril, às 19h30, na CNN Brasil.

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