Lula Rompe O Silêncio E Cobra Ressarcimento Por Escândalo Do INSS; Veja Fala Do Presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou pela primeira vez o escândalo envolvendo cobranças indevidas praticadas contra beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em pronunciamento oficial transmitido em rede nacional na noite desta quarta-feira (30), Lula afirmou que as associações responsáveis pelas irregularidades devem ressarcir os aposentados e pensionistas prejudicados.

“Na última semana, o nosso governo, por meio da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, desmontou um esquema criminoso de cobrança indevida contra aposentados e pensionistas, que vinha operando desde 2019. Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas”, declarou o presidente.

A declaração foi feita poucos minutos após a nomeação do novo presidente do INSS, em um contexto de forte repercussão sobre as investigações em curso. O esquema citado envolve a cobrança não autorizada de valores por associações, que passaram anos atuando sem o consentimento dos beneficiários.

Além de abordar o tema do INSS, Lula aproveitou o pronunciamento para defender uma proposta que está em análise no Congresso Nacional: a redução da jornada de trabalho de seis dias para aumentar o número de folgas semanais. Segundo ele, a medida visa promover maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

“Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou. O discurso foi transmitido às 20h30, às vésperas do feriado de 1º de maio, data que celebra o Dia do Trabalhador.

Apesar da tradição de participar de atos sindicais nesta ocasião, Lula não estará presente em nenhum evento público nesta quinta-feira (1º), conforme antecipado por lideranças sindicais após reunião com o presidente no Palácio do Planalto na terça-feira (29). Segundo a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, a ausência do presidente não deve ser interpretada como distanciamento de sua trajetória ligada às causas trabalhistas.

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