O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nessa quarta-feira (4/6), a abertura de um inquérito para investigar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação.
Além disso, o ministro ordenou que a Polícia Federal monitore e preserve o conteúdo publicado nas redes sociais da deputada ou de terceiros que tenham relação com ela e com a investigação.
A medida foi tomada após a parlamentar afirmar, durante uma entrevista, que avalia permanecer nos Estados Unidos e pedir asilo político ao governo do presidente Donald Trump.
No entendimento de Moraes, a deputada pretende adotar o “mesmo modus operandi” utilizado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a “prática de condutas ilícitas”. Ele também foi para os Estados Unidos e é alvo de um inquérito pela suspeita de incitar o governo norte-americano a adotar medidas contra Moraes e outras autoridades brasileiras.
O ministro determinou ainda que, em um prazo de dez dias, Carla Zambelli preste depoimento à Polícia Federal. A oitiva poderá ser por escrito.
Alexandre de Moraes também determinou que o Banco Central informe com detalhes valores e remetentes de transferências por meio do Pix à parlamentar nos últimos 30 dias. Após ser condenada, a deputada fez uma “vaquinha” na internet.
Antes da abertura desse novo inquérito, o ministro Alexandre de Moraes já havia decretado a prisão da deputada; a inclusão do nome da parlamentar na lista de procurados da Interpol; e a suspensão das redes sociais.
*Com informações da Agência Brasil.