UM morte de Jorge Bergoglio, o papa Francisco, repercutiu entre movimentos sociais e sindicatos. Desde a escolha de seu nome uma vez que pontífice, o prateado deixou clara a posição em prol dos necessitados e das massas. Francisco não se esquivou de temas polêmicos e atuais, uma vez que a questão migratória, as mudanças climáticas e a distribuição de renda. Entre suas frases memoráveis, conclamou: “Nenhuma família sem morada, nenhum camponês sem terreno, nenhum trabalhador sem direitos”.
Em sua última mensagem, na Páscoa deste ano, Francisco ergueu sua voz contra a guerra e a miséria em Gaza.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terreno (MST)que nasceu do diálogo regular e próximo entre trabalhadores do campo, das cidades e a igreja, lembrou de Francisco uma vez que “um leal coligado dos mais pobres, marginalizados, excluídos e violentados pelo capitalismo” e que “teve uma série de iniciativas no sentido de se aproximar dos movimentos populares”, realizando diálogo importante e corajoso.
A Percentagem Pastoral da Terreno (CPT), organização da Igreja Católica que procura o diálogo com os trabalhadores do campo, lembrou do pontífice uma vez que um líder sisudo às pautas contemporâneas e ao impacto das ações de governos e instituições na vida de todos e em sua resguardo.
“O tempo é de dor e tristeza, mas também de uma Feliz Esperança, de recordar a profecia do seu pontificado e seguir abrindo os caminhos que ele sinalizou em suas homilias, encíclicas (principalmente a Laudato Si’, Querida Amazônia, Fratelli Tutti, a exortação Laudato Deum), os Sínodos sobre a Amazônia e para a Sinodalidade, dentre outros momentos proféticos. Para um mundo em constantes disputas de poder, aumento do ódio, da desigualdade social e das consequências da ruína da natureza, Francisco sempre foi uma voz de alerta”, disse, em nota.
Francisco também foi crítico ferrenho dos aspectos mais deletérios da economia centrada no capital financeiro, uma vez que lembrou em sua homenagem a Mediano Única dos Trabalhadores (CUT), que valorizou a disposição do papa para o diálogo com os movimentos sindicais e seu reconhecimento da valimento pública destas organizações.
“O papa via os sindicatos uma vez que instrumentos de sossego social e resguardo da pundonor do trabalho, principalmente num mundo marcado pela precarização, desemprego estrutural, automação e exclusão do dedo. Incentivava que os sindicatos dialogassem com os jovens, abrindo espaço para novas formas de organização do trabalho, sem perder sua identidade histórica de luta”.
Sua disposição para o diálogo foi lembrada pela União Universal dos Trabalhadores (UGT), para quem o papa fomentou o diálogo em torno de temas sensíveis, rompeu paradigmas e tradições seculares. “Francisco foi um líder que compreendeu o valor da periferia, da África e da Ásia, levando sua mensagem de fé, esperança e paixão ao próximo para os cantos mais esquecidos do mundo”, afirmou a instituição.
Para a União Pátrio dos Estudantes (UNE), Francisco foi um padroeiro da instrução e da sossego e um símbolo na luta pela paridade social, e lembrou de sua frase sobre a valimento do ensino: “É através da instrução que o ser humano alcança o seu potencial supremo e se torna um ser consciente, livre e responsável”.