Um texto carregado de intrigas e espionagem narra acontecimentos que antecederam o Golpe de 1964, e traz à cena o período da ditadura militar no Brasil, abordando as relações políticas e o assassinato do jornalista investigativo José Nogueira. Esse é o enredo da peça “Espião Silenciado”, em cartaz no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, em São Paulo.
O diretor e dramaturgo João Alves conta que a obra é inspirada na dissertação de mestrado do historiador Raphael Alberti, resultado de 12 anos de pesquisas.
A narrativa também estimula comparações entre o passado e o presente, reforçando a importância de não se esquecer o período retratado, explica João Alves.
Construída a partir de material histórico-documental, a peça tem como base o gênero teatral criado pelo diretor alemão Erwin Piscator em 1925.
A montagem de “Espião Silenciado”, em cartaz até 1º de junho, foi contemplada pelo Programa Funarte Aberta, voltado para a ocupação gratuita de espaços da Fundação Nacional de Artes, de maneira a apoiar projetos artísticos e culturais.
O Teatro de Arena Eugênio Kusnet fica perto da Praça Roosevelt e integra uma região na capital paulista conhecida pela intensa produção teatral. Ingressos a partir de R$15, mas professores e alunos da rede pública não pagam.